Mostrar mensagens com a etiqueta Ray Bradbury. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ray Bradbury. Mostrar todas as mensagens

06/06/2012

Farewell Ray Bradbury

Morre Ray Bradbury, autor de 'Farenheit 451', aos 91 anos


O escritor Ray Bradbury na premiação do Sindicato dos Diretores em 2008
O escritor Ray Bradbury na premiação do Sindicato dos Diretores em 2008 (Getty Images)
Morreu na manhã desta quarta-feira, aos 91 anos, o escritor americano Ray Bradbury, autor de Farenheit 451. Em seus mais de trinta livros, o escritor foi do horror à ficção científica - gênero do qual tornou-se referência, com narrativas de teor político. Publicou também clássicos como As Crônicas Marcianas, histórias espaciais escritas nos anos 50, e Algo Sinistro Vem por Aí, sobre garotos que enfrentam seus medos e frustrações, representados por monstros de um parque de diversões itinerante.
Em Farenheit 451, seu livro mais icônico, escrito em 1953, Bradbury conta a história de um tempo em que bombeiros se convertem em mantenedores da ordem social e incendeiam livros ou qualquer publicação que transmita informações. Em lugar de prateleiras, as paredes das casas possuem telas gigantes que exibem cenas de outras famílias, com as quais se pode dialogar. A obra foi considerada uma metáfora crítica de regimes políticos opressores e anteviu transformações sociais simbolizadas hoje pelos reality shows, junto com 1984, de George Orwell. As Crônicas Marcianas, outro clássico de Bradbury, narrou as histórias da colonização de Marte e criticou indiretamente as paranoias americanas surgidas a partir da II Guerra Mundial.
“Uma bela luz se perdeu no Cosmos”, declarou Sam Weller, biógrafo oficial de Bradbury. Danny Karapetian, neto do escritor, destacou uma passagem de O Homem Ilustrado, seu livro preferido do avô, em que um homem convive com tatuagens que têm vida própria: “Minhas músicas e meus números estão aqui. Eles preencheram meus anos, os anos em que me recusei a morrer. Em função disso escrevi, escrevi, escrevi ao meio-dia ou às 3h da manhã. Para não morrer”. “Seu legado reside em sua obra e, principalmente, nas mentes que o leram, pois lê-lo era conhecê-lo. Foi o maior garoto que conheci”, disse.


Confira leituras essenciais de Ray Bradbury, segundo o blog de seu biógrafo oficial (em inglês)

retirado daqui