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06/01/2015

O Camões da Graça...



MANUELA

Quando ela passa
Na rua da Graça,
Com o cãozinho pela trela,
Eu gosto de ver
Tudo a dizer
É Manuela, é Manuela, é Manuela.

Tão bela e tão airosa,
Parece uma rosa
De cor amarela.
Ao vê-la passar
Fico a pensar
É Manuela, é Manuela, é Manuela.

Vi-a um dia
Na mercearia.
Estava tão singela!
Ao ver tanta beleza,
Tive a certeza
É Manuela, é Manuela, é Manuela.

Júlio Martins, “Nostalgia Poética”, pág. 2, ed. Autor, Tipografia Amílcar de Matos Marques, Lisboa, s/d.



PENEIRAS

Peneiras, peneiras,
Quem as não tem,
Às vezes as peneiras
Até ficam bem.

Olha as peneiras
Que vão a passar
Na rua aos saltos
Na rua a saltar.

Pois as peneiras
Só vão a sorrir,
Só vejo peneiras
No teu vestir.

No teu vestir
E no teu calçar,
Só vejo peneiras
No teu olhar.

Peneira, peneira,
Peneira ciranda,
Peneira, peneira
O centeio em Miranda.

Júlio Martins, “Nostalgia Poética”, pág. 18, ed. Autor, Tipografia Amílcar de Matos Marques, Lisboa, s/d.